terça-feira, 8 de abril de 2008

Bons tempos virão


Vaguei.
Muito!
Empurrada para caminhos pedregosos,
sedenta, esfomeada,
não vi as horas passarem,
nem os dias,
nem os anos.

Tal qual uma égua,
com a dor de ser marcada,
a fogo e ferro,
sofri.

Apanhada a laço,
acorrentada fiquei.
Por longas noites, chorei.

Me pergunto?
Haverão mãos, braços,
ou mesmo um canto de ninar?

Espera aí!
Posso voltar.
Deixei rastros.
Eles me guiarão.
Encontrarei sementes,
de certo, germinarão.

Plantarei de novo,
revolverei a terra,
o solo renascerá,

Já sinto o sabor da colheita,
em sonhos,
por enquanto!

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